sábado, 21 de agosto de 2010

A rabugice e as palavras



Relendo postagens antigas cheguei a uma conclusão: minhas palavras saem mais fáceis e fortes nos meus momentos de rabugice.
Pena que eles estão me dando uma boa folga...e ainda bem!

I miss you



Em homenagem a uma homenagem.

You have only been gone one day,
But already I'm wasting away.

Seis



Seis.
Seis vezes você. Seis vezes eu.
Seis vezes aprendendo e te admirando,
e seis vezes você me ensinando.
Seis vezes lutando, encarando e até chorando,
mas sempre, nos encontrando.
Seis vezes do meu melhor amigo, companheiro e amor.
Seis vezes de alegrias, surpresas, aventuras
e também de dor.
Seis vezes você, seis vezes eu,
Seis anos nós.

Life Unexpected



E a vida não é assim? Inesperada? A gente começa a percorrer um caminho e derrepente se depara em outro. Isso sem esquecer as surpresas que aparecem ao longo da caminhada.
Pois bem a série "Life Unexpected" é assim.
A série conta a história de uma adolescente, Lux, prestes a completar 16 anos, que passou a vida pulando de orfanato em orfanato e nunca conseguiu bons pais adotivos. Na tentativa de conseguir sua emancipação e se ver livre dos lares adotivos, ela sai em busca de seus pais biológicos.
Lux encontra primeiramente Nate, seu pai biológico, que até o momento não sabia que Cate, seu caso de uma noite do colegial, tinha tido a filha e dado para adoção. Ele vive uma vida de garotão da faculdade, bebendo com dois companheiros de quarto e se envolve com todas as mulheres da noite.
Baze leva Lux para conhecer Cate, que fica chocada e entristecida ao saber que a menina cresceu em um orfanato em vez da adoção.
Quando um juiz decide que Lux não está pronta para a emancipação e inesperadamente declara guarda-conjunta de Baze e Cate, os três, têm de aprender a serem uma família.
Além de bacana, tem um trilha sonora incrível.
Eu indico.

A minha árvore de família



Já tem um tempo que venho pensando em escrever sobre isso. Sobre nossas árvores de família. Sobre como somos nós, mas somos também frutos de algo, e como isso nos influência e também nos dá alegrias, irritações e tristezas.
Porém, por algum motivo, as palavras sempre me faltavam, e fui deixando pra depois. Até que hoje me deparei com a letra dessa música, tema da série "Life Unexpected"(da qual falarei mais tarde). Tão simples e fantástica, faço dessas, as palavras que me faltaram.



Beautiful Tree
words by Rain Perry; music by Rain Perry & Mark Hallman

Bent or broken
It’s the family tree
Bent or broken
It’s the family tree
Each branch a part of a part of me
This is my tree
And It’s a beautiful tree

Dwarf or giant
It’s the family tree
Dwarf or giant
It’s the family tree
Growing just as tall as it was meant to be
This is your tree
And it’s a beautiful tree

What a beautiful tree

Strong or fragile
It’s the family tree
Strong or fragile
It’s the family tree
See how the sun shines through the leaves
This is our tree
And it’s a beautiful tree
What a beautiful tree

Sure, it’s broken
But It’s the family tree
Sure, it’s broken
But It’s the family tree
I can feel the sap running through me
This is my tree
And it’s a beautiful tree

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Jogando fora

Eu quero jogar fora:
Tudo que não deu certo,
todos os meus medos,
tudo que não deu certo e causou meus medos.
Todas as palavras que ouvi e me machucaram
e me machucam até hoje.
Todas as mágoas causadas por um não amigo,
e por um amigo também.
Todas as lembranças de um dia triste,
e de um dia alegre, mas que devido a péssimas escolhas, ficou triste.
Quero jogar fora as desilusões, as brigas, a raiva, a tristeza, o desânimo, a insegurança e os erros.
As expectativas frustradas, os relacionamentos destrutivos e o que me prende ao passado.
A minha ansiedade e meu excesso de sono, a minha calmaria e a minha insônia.
Meu vazio interno e minha necessidade de comer sem parar.
Meu estômago embrulhado e minha falta de fome.
Minha culpa e necessidade de agradar, de ser aprovado.
O sonho dos outros e o mundo nas minhas costas.
Sintam-se jogados fora!
Que eu vou tentar me sentir mais livre.

A diva

Vai diva, alegra meu dia!
Doutora em Rabugice: Fernanda Young.
"Uma pessoa olhando para um celular que não toca - não há cena mais idiota. Os celulares foram justamente inventados para que ninguém precise mais ficar aguardando uma ligação ao lado do telefone."
"Sou cheia de manias. Tenho carências insolúveis. Sou teimosa. Hipocondríaca. Raivosa, quando sinto-me atacada. Não como cebola. Só ando no banco da frente dos carros. Mas não imponho a minha pessoa a ninguém. Não imploro afeto. Não sou indiscreta nas minhas relações. Tenho poucos amigos, porque acho mais inteligente ser seletivo a respeito daqueles que você escolhe para contar os seus segredos. Então, se sou chata, não incomodo ninguém que não queira ser incomodado. Chateio só aqueles que não me acham uma chata, por isso me querem ao seu lado. Acho sim, que, às vezes, dou trabalho. Mas é como ter um Rolls Royce: se você não quiser ter que pagar o preço da manutenção, mude para um Passat."
"O problema é que quero muitas coisas simples, então pareço exigente."
"Existem pessoas que tornam a tolerância tão difícil, que esta deveria ser considerada praticamente um superpoder."
"Eu devo reconhecer que ninguém me conhece. Não realmente. Os que mais sabem não sabem da metade. Não deixo todos os segredos escaparem de mim, não mesmo."

Mestre em rabugice

Olha, eu sou rabugenta, mas descubro a cada dia que sou apenas uma estudante no assunto (e espero que assim eu fique).
A Fernanda Young é doutora. O Dr. House é o mestre mor, mas é ficção. Mas agora eu descobri alguém que é páreo duro pra ele.
Passeando pela net me deparei com o "Shit My Dad Says" que é um twitter do Justin Halper, um escritor de comédias, porém na época que começou a twittar estava desempregado. No twitter ele posta falas do seu pai sobre qualquer assunto. O pai dele é tão rabugento, mas tão rabugento, que eu fico com vergonha de dizer que sou uma. Primeiro porque dá uma certa vergonha ser parecida com esse cara, segundo porque sou "juninha" perto dele.
As rabugices dele porém, contagiaram tanto a "blogosfera" que vai virar série de tv.
Em homenagem a esse senhor que agora é um dos Paraninfos desse blog, algumas pérolas raivosas, porém cheias de sabedoria:
"Não concentre-se no único cara que odeia você. Você não vai ao parque e coloca sua cesta de piquenique perto da única pilha de cocô de cachorro."
"Você, um autor publicado?... Internet não conta. Qualquer idiota escreve merda ali."
Pra quem interessar: http://twitter.com/shitmydadsays
Divirtam-se!

Gene F e Gene S

Somos formados por vários genes. Muitos desses já foram amplamente estudados. Porém eu acho que a genética se esqueceu de investigar dois deles: o Gene F e o Gene S.
Cada pessoa vem ao mundo com um, impossível ter os dois. Eles começam a demonstrar sua força e poder desde a nossa infância, mas é a partir do meio dos 20 que se tornam mais fortes. E você pode não saber mas eles regem quase tudo na sua vida.
O Gene F é o gene flexível e aquelas pessoas que os têm, assim são. Topam tudo, riem de tudo, acham tudo e todos bons e maravilhosos.
O Gene S é o gene seletivo e aquelas pessoas que os têm, também assim são. Escolhem, e bem, o que topam, doam seu riso, apenas aquilo que merece, e selecionam bem coisas e pessoas, para achar o que é verdadeiramente bom e maravilhoso.
Infelizmente ambos os genes tem prós e contras.
O Gene F possibilita ao seu portador "o tudo". Mas esse "tudo" é falso, pois não existe diferenciação, desconfiômetro, senso crítico. É o "Tudo" vivido na "Terra do Nunca". Tudo é bom, mas não existe. Mais contraditório impossível.
O Gene S possibilita ao seu portador escolher, selecionar e se entregar ao que realmente importa, sendo ele bom ou ruím. Porém esse gene traz consigo a impossibilidade de se entregar, de pular de cabeça, levando o portador a deixar algumas coisas da vida passarem.
Socialmente, a Pessoa de Gene F é considerada, num primeiro olhar, a corajosa e a de Gene S, a medrosa. Quem se dá ao trabalho de olhar novamente, enxerga além, vendo no Gene F, a pessoa que querendo o "tudo"" e achando esse sempre bom, tem na verdade medo de se deparar com as partes não tão boas da vida. Têm também medo de abrir mão, de perder e logo têm uma grande dificuldade em escolher. Enxerga também no Gene S, a pessoa que se depara com todas as cores da vida, as enfrenta, abre mão e escolhe.
E aí qual dos genes você tem?

As várias formas de bater


Tem gente que dá um tapa, daqueles estalados, que as pessoas até olham.
Tem gente que dá vários beliscões, daqueles escondidos, pra ninguém vê.
O tapa se mostra, com a coragem de estar errado e se coloca na condição de ser julgado.
O beliscão se esconde, na sua covardia de estar certo, impossiblitando qualquer apreciação.
Antônimos, porém sinônimos, pois se encontram na dor que causam.

Homem frita, mulher é cozida em banho maria

Fritar. Você me frita, eu te frito. Mas só quando é em público é que se frita, do contrário é banho maria.
Não tá entendendo nada? Vamos lá.
Tenho vários amigos que terminaram namoros a pouco tempo. Em comum escuto: "não aguentava mais a "fritação". Que "fritação"? A resposta também é sempre a mesma. "Ah quando a gente sai e alguma mulher me cumprimenta, a namorada me "frita".
Mas será que a fritação começou aí? Pros homens sim.
Cheguei a conclusão que homem é sempre "fritado", sempre tem o direito de ficar puto e a mulher, sempre sai como a chata.
Os homens só conseguem ver a "fritação" que eles sofrem, porém nunca as que provocam, e são muitas vezes essas, que desencadeiam toda a "fritação "que eles vão reconhecer como a existente.
Eles não reconhecem o que fizeram para gerar a "fritação" que estão recebendo, porque o que eles fazem é nos cozinhar "em banho maria".
Mas quer saber de uma coisa? Esse "banho maria" irrita tanto quanto o "fritar". Quer ver? Primeiro porque ele vai nos cozinhado aos poucos, mas chega um ponto que estamos "passadas do ponto". Segundo porque ele é escondido, ninguém vê que estamos sendo "cozidas", mas a gente vê e a gente sente a dor e a chatice de sermos "fritas".
A diferença então é que um é escancarado e reconhecido, por todos em volta, o outro é escondido e ignorado, menos por uma das partes.
Então eu venho aqui hoje, pra declarar e mudar essa situação: mulher também é fritada, vocês são também os chatos.
Só porque o que vocês fazem não é declarado, não quer dizer que não irrite, pelo contrário irrita mais.
Então quando estiverem pensando que vocês estão sendo "fritados", homens queridos, pensem no tanto que já nos "cozinharam" por baixo dos panos, porque aqui, vocês não impõem o suposto indolor "banho maria" de vocês. Aqui está declarado que vocês nos fritam! Comecem a assumir!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Se você me descascar como se faz com um Ogro, vai se deparar com o Burro



Se você assistiu ao Shrek original, o primeiro, vai se lembrar do Ogro e do Burro correndo por uma plantação de cebolas a caminho da torre em que a Fiona estava presa. É nesse momento que o Shrek diz: Ogros são como cebolas.
Burro: Eles fedem?
Shrek: Sim. Não.
Burro: Oh, eles te fazem chorar?
Shrek: Não.
Burro: Oh, você os deixa no sol e eles ficam marrons, com brotos nascendo?
Shrek: Não. Camadas. Cebolas têm camadas. Ogros tem camadas. Entendeu? Os dois têm camadas.
Burro: Oh, vocês dois têm camadas. Oh, você sabe, nem todo mundo gosta de cebolas.
Sim eu sou como um Ogro, cheia de camadas.
Nem todo mundo têm a chance ou paciência de descascá-las. Mas aqueles poucos que têm, sabem que lá no fundo vão encontrar o Burro. Sim o Burro. Aquele que ri de todas as piadas no cinema, muitas vezes sozinho (inclusive essa transcrita acima). Aquele que dança todas as músicas que tocam no rádio do carro, volta e meia de forma embaraçosa. Mas principalmente aquele que quer sempre ajudar o amigo, nem que seja "emprestando a língua pra uma limpezinha corporal".
Eu sei que nem todo mundo gosta de cebolas, mas tente descascá-las, algo mais gostoso pode estar escondido lá dentro.

*
Burro:You are a CATastrophe. Gato de Botas: And you are riDONKulous (eu ri mais que criança, ri igual o riDONkulous!)

Insônia, ah a insônia



Eu me encontro com ela às vezes, essa amiga/inimiga insônia. Durante esses encontros criei minha própria teoria sobre ela.
A insônia, para mim, é fruto de duas almas: aquelas que pensam demais e das que pensam de menos.
As almas que pensam demais não param de pensar nem pra dormir, não existe nenhum segundo de descanso, por elas, dormiam pensando. As almas que pensam de menos não trabalham, não se cansam nem pra precisar descansar.
As consequências de almas isones que pensam demais é o curto circuito. Para as que pensam de menos é a paralisia.
Nenhuma dessas opções me alegram, afinal, se encontram no mesmo lugar, a morte da alma.
Mas enquanto não encontro meu meio termo e lugar ideal, fico com minha insônia por pensar demais. Ainda acho melhor do que pensar de menos!

domingo, 18 de julho de 2010

arhhhhhh....momento ogro 2



Sem querer estragar a história, para aqueles que ainda não viram, vou revelar o essencial para a minha história: o Shrek, nesse filme, tá num mau humor só. De saco cheio da suposta vida perfeita dele, não aguenta mais a bagunça e gritaria de seus amigos e família e quer matar um pentelho que fica pedindo pra ele urrar/rugir. Ele só quer ser um ogro, como era antigamente, sozinho, em paz na sua poça de lama. Para voltar a esses dias, Shrek assina um pacto com um realizador de desejos.
Muita gente pode recriminar a atitude do cara verde, mas eu simpatizo. Não tem nada pior, pra alguém que gosta de paz e sossego, ficar com gente fazendo barulho e te pentelhando, pedindo pra você fazer algo que não quer, querendo que você se socialize da forma que eles acham que é a certa. Pior ainda é alguém dizendo que sua vida é perfeita, que é tudo que todos gostariam, sendo que pra você não é.
Por que as pessoas não deixam as outras serem do jeito que elas são? Por que todo mundo quer determinar o que é certo e desejável e enquadrar os demais nesses conceitos? Por que niguém respeita a vontade de cada um?
Assim como o Ogro, situações assim me irritam e ligam a minha rabugice. Dá vontade de realmente fazer todo mundo sumir, ou pelo menos fazê-los cuidarem das próprias vidas.

arhhhhhh....momento ogro



Esse fim de semana fui ver "Shrek Para Sempre" e aquele ogro verde se mostrou muito parecido comigo.
Cheguei cedo, cinema 3D do Diamond Mall. Peguei meu lugar e 5 minutos depois o cinema já estava lotado, com gente sentada até na escada. As duas poltronas a minha frente ficaram vazias, pois estavam quebradas. Luz apaga, começa o trailer. Um casal entra atrasado e vai direto pra essas poltronas. Eu então aviso: "Moça essas cadeiras estão quebradas". Começa o filme, a escada está ainda mais cheia. Entra mais um casal atrasado e de novo vai direto pra essas duas poltronas. A moça do lado avisa: "Gente essas cadeiras estão quebradas".
Aí já não dá mais, meu lado rabugento já está saltando e gritando dentro da minha cabeça: Meu Deus ninguém pensa não? Você entra num cinema completamente cheio, até as escadas estão lotadas, vê duas poltronas vazias e pensa:"uhu tão vazias!Que sorte eu tenho que os bobos preferiram sentar na escada!"
O povo só pode pensar assim, não é possível, penso eu.
E aí sabe o que é engraçado? Acontece algo bem parecido com Shrek. Shrek e Burro procurando por Fiona na floresta. Burro vê um prato de waffles no meio da floresta e vai "quente" pra comer e aí o Shrek diz: "Tem uma pilha de waffles fresquinhos no meio da floresta! Você não acha isso nenhum um pouco suspeito?"
Aí que alívio, alguém mais no mundo acha certas coisas suspeitas, e se irrita com a falta de cérebro e desconfiômetro alheio! Valeu Ogro!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Opostos, mas muito mais que isso

Pra quem olha de fora, superficialmente, somos assim: opostos.
Porém, um olhar mais aguçado revela, somos muito mais que isso, somos yin e yang.
Yin Yang é uma representação do princípio da dualidade, são duas forças complementares que compõem tudo que existe. E do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação.
Você Yang é o princípio ativo, diurno, luminoso, quente, masculino e inflexível. Eu, Yin sou o princípio passivo, noturno, escuro, frio, feminino e dócil. Você é o acima, associado ao céu e ao sol. Eu o abaixo, conectada ao receptivo e a lua. O racional e claro, contra a tranquilidade contemplativa do sábio. Movimento versus repouso. Agitação versus mente intuitiva e complexa.
Nossa realidade é, porém, fluída e está em constante mutação. Nossa simetria não é estática e sim permeada de contínuos movimentos cíclicos. Desta forma cada vez que atingimos nosso ponto extremo, manifestamos dentro de nós a semente de nosso oposto.
É aí Yang que você se flexiona para se encontrar comigo, e eu me acelero pra acompanhar você.
E continuamos assim, nos completando.

* Pra você meu amor.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Resolvendo problemas de forma prática

Ana, minha querida sobrinha, do alto dos seus 2 anos e meio de experiência de vida, dá uma lição de praticidade.
Uma quinta a noite, fria. Ana tem uma vontade súbita:
Papai vamo no peixe (entenda Parque das Mangabeiras!)?
Meu irmão: Ana, agora não, tá frio lá fora (tentando dar uma desculpa explicativa e enrolativa à filha).
Ana: Não tem problema, eu empresto uma blusa pro peixe.
Meu irmão dá corda, então, para ver até onde ela vai e diz: Mas Ana o peixe tá na água, ele tá molhado.
Ana: Tem problema não, eu empresto uma toalha!
Aí Ana, ainda ei ter toda sua experiência!

As abelhas


"A vida secreta das abelhas" é um dos livros que eu mais gosto. Nele, as abelhas são retratadas como amigas, e também como seres com comportamento social muito parecido com os seres humanos. Eu concordo, mas por um motivo muito pessoal.
Eu tenho enxaqueca, daquelas que parece que uma colméia inteira mora dentro da minha cabeça. Abelhas são, então para mim, algo barulhento, aflitivo, chato, incomodativo e que causa muito cansaço. E assim são as "pessoas abelhas".
Assim como as abelhas, elas estão em todo lugar. Adoram doce, no caso, pessoas mais doces, aquelas fáceis de atacar e porque não, mais gostosas também. Elas adoram ferroar e causam um barulho infernal.
Pessoas abelhas são aquelas que não perdem a oportunidade de ficar com a boca fechada, têm sempre de cutucar, e como elas sabem aonde ir! Vão direto no lugar que mais dói, e não perdem essa chance jamais! São aquelas também, que sabem atrapalhar o dia de qualquer um, com um simples comentário, mas fique claro, o comentário de "pessoas abelhas" de simples, nunca têm nada! Eles vêm carregados de malícia e maldade.
"Pessoas abelhas" têm uma necessidade patológica de incomodar, fazer barulho com pouco, atacar. E fazem isso com os outros, porque se não, acabam tendo que fazer com elas mesmas!
Eu ainda não criei uma tela completamente segura contra abelhas, mas estou trabalhando nisso. Até lá o que posso dizer é, "pessoa abelha" vai zumbizar pra lá!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Sozinha, perdida numa multidão. Tem mais alguém aí?

Existem sinais? Ou apenas o acaso e a coincidência? Ainda não sei no que acredito, mas seja o que for que ocorre no mundo, esse algo conversou comigo neste último domingo.
Foi um domingo de encontros e desencontros. Encontro com amigos, torcida, música e alegria. O desencontro? É que ali, eu estava sozinha, perdida numa multidão. Eu com meu copo d'água numa mão e a outra vazia. A multidão com um copo de bebida numa mão e a chave do carro na outra. Não é que esse desencontro nunca tivesse ocorrido antes, pelo contrário, ele ocorre sempre. No outro domingo foi quase a mesma coisa, a diferença é que junto com o meu copo de água eu também tinha a chave do carro em uma das mãos, no outro um pedaço do carro, do bêbado que bateu no meu!
Mas nesse domingo foi diferente, por algum motivo eu não parava de notar essa diferença, esse abismo de pensamento, um abismo que foi me incomodando, até me engolir...fui então para casa. Chego no meu sofá quentinho e ligo a tv, e não é que estava começando um filme sobre um jovem jogador de rugby, que vê sua vida virar de cabeça pra baixo, ao misturar álcool e direção (Filme: Forever Strong/ Para sempre vencedor)?
Não sei se foi um sinal, o acaso, ou uma simples coincidência, mas me levou a questionar: será que eu tô sozinha nessa? Perdida numa multidão que não liga para as consequências de tamanha loucura? Ou será que tem mais alguém aí?

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Pelo direito de sentir


O corte de cabelo deu errado? Bateram no seu carro? Seu time perdeu? Sua matrícula na faculdade tá toda atrapalhada e você vai atrasar um semestre pra formar?
Aposto que dentre todos os comentários que você escutou, algum simpático veio dizer: mas você tá triste e/ou com raiva por isso? Que drama! Tanta coisa pior acontecendo no mundo, larga de ser bobo!
Olha, eu dou muito valor a minha vida, sei que tem muita gente sofrendo por muito mais, mas ei! Seu chato! É, você ai mesmo! Me deixa sentir? Me deixa ficar brava e com raiva por alguns minutos, por um dia se me for necessário? Não, não to perdendo tempo lamentando, to sentindo, pondo pra fora, pra poder continuar, e ver ali na esquina que a vida é fantástica e que isso não vai me atrapalhar. Então me deixa sentir, porque o que a gente engole e não digere, a gente vomita!

O House que conversa comigo


Quinta a noite. Rinite e cansaço após uma batalha para fazer minha matrícula na faculdade. Não ao Happy Hour, sim ao sofá e ao cobertor. Law and Order passando, uma zapiada e pum: Fernanda Young entrevistando Luciano Huck. Plim na minha cabeça: tá aí, um dos primeiros entrevistados que não demorou a responder "O que te irrita?". Resposta: fome, aeroporto. Penso comigo, só? Acho que eu deveria ser entrevistada pela Fernanda, minha resposta seria: pega o caderninho ai fofa, que lá vem a lista, tem tempo? Acaba o programa. Começa House. O cara é foda (com o perdão da palavra), seco, duro, insensível? Mas ele fala, fala tudo aquilo que a gente engole. Zapeio de novo, afinal já assisti esse episódio. Momento criança: Bob Esponja no Nick. Mas não é ele quem me atrai, é o Lula Molusco. Em tempos de moluscos (vide polvo alemão) esse aí, aos meus olhos e coração é mais atrativo. Não tenta agradar ninguém pelo simples fato de agradar, é rabugento e adora sua paz, mas no fundo não vive sem o Bob.
Parece absurdo, mas me deliciei com esses três "irritados e rabugentos". E aí veio o insight, o encoberto (e várias vezes descoberto na terapia): esses três são meus ídolos, a máxima do que não posso ser, tento não ser, e por tentar tanto esse não, acabo sendo ao máximo, mas ali, comigo mesmo, encoberto, de mim pra mim mesma (mesmo que as vezes escape). A rabugice porém, às vezes tem de sair, a raiva, antipatia e falta de paciência tem que emergir, e quando acontece vem de maneiras nada agradáveis, mas não para os outros, para mim mesma (...ai esse controle! Social e pessoal).
Então tá ai. Eu declaro, pra mim mesma, e me permito o direito de sentir e expressar, de forma verdadeira e profunda, mas saudável (já que ninguém aguenta um House 365 dias do ano), todos os meus sentimentos, inclusive a raiva e toda a minha rabugice. Afinal todos temos o direito de ser o House, durante alguns momentos da nossa vida.